sexta-feira, 30 de junho de 2017

"As duas maiores organizações criminosas do Brasil: PT e PMDB"


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"As duas maiores organizações criminosas do Brasil: PT e PMDB"

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima explicou por que "o acordo com Joesley Batista foi um mal necessário para atingir um interesse público maior, que é o de destruir duas das maiores e mais nefastas organizações criminosas que já existiram no Brasil, aquela existente no PT e aquela existente no PMDB.
Leia o post completo: 
Como as organizações criminosas funcionam? Novamente é preciso colocar um pouco de técnica em uma discussão banalizada por interesses políticos. 
Primeiro, uma organização criminosa pode ser imaginada como um triângulo em que no vértice superior encontra-se o líder e na medida que a estrutura desloca-se para a base, maior é a quantidade de subordinados e menor o poder dentro da organização.
Entretanto, no mundo real, como na operação Lava Jato, há um conjunto enorme de organizações criminosas, parcialmente autônomas entre si. Podemos imaginar isso também em relação à máfia italiana, com a máfia calabresa, a Ndrangheta, a napolitana Camorra, ou a Cosa Nostra siciliana. 
Essas organizações não são as únicas, pois coexistem com elas diversas outras organizações criminosas menores, normalmente prestadoras de serviço, tercerizadas, por assim dizer. Também há organizações criminosas tributárias, que pagam as organizações maiores em busca de apoio ou proteção.
A realidade, portanto, é muito mais complexa que o pensamento simplista da lei. Somente no âmbito da corrupção atual, conforme a própria distribuição dos inquéritos no STF revela, há diversas organizações criminosas em convivência no Brasil. Podemos identificar a organização criminosa que tem como base o PT, assim como as organizações criminosas com suporte no PMDB da Câmara dos Deputados, no PMDB do Senado Federal, e assim por diante.
Essas organizações funcionam autonomamente, buscando os seus próprios interesses. Mas aglutinam-se em torno de um interesse comum, formando uma confederação de organizações criminosas, coordenadas entre si. Assim, dividem territórios, como na máfia italiana, ou dividem órgãos públicos, como no caso brasileiro.
Há diversos líderes, portanto, de organizações criminosas, podendo encontrar-se subordinação entre um líder de uma organização à outra maior. Assim, por exemplo, Alberto Youssef tinha sua própria organização criminosa, com objetivos, permanência e pessoal. Entretanto, essa organização prestava serviço de lavagem de dinheiro àquela do Partido Progressista essencialmente, mas também eventual serviço para as organizações criminosas das empreiteiras.
Assim, Alberto Youssef era sob um aspecto líder, mas sob outro, subordinado. Mas a própria organização criminosa dentro do Partido Progressista era subordinada a outra maior, dentro do governo do PT, cujo ápice estava o ex-presidente Lula. 
Esse quadro se revela mais complexo quando se reúne a ele todas as outras organizações idêntificadas, com suas estruturas e organizações criminosas tercerizadas ou tributárias.

Assim, usando um exemplo atual, os irmãos Batista eram e não eram líderes de organização criminosa. Se restringirmos o olhar para a J&F, realmente eles eram líderes. Se olharmos para o mapa completo, eles eram tributários, pagavam propinas para as organizações criminosas da política, seja a do PT ou a do PMDB a nível federal, mas com certeza a organizações menores que existem em governos estaduais, municipais e em órgãos públicos diversos.
Dessa forma pode-se compreender a estratégia de investigação da Operação Lava Jato e seu relativo sucesso. Ao invés de iniciar a investigação contra as grandes organizações criminosas, foi ela desarticulando as organizações criminosas menores. Ao solapar as bases, as estruturas superiores foram desmoronando. Nesse ponto, o uso das colaborações premiadas com expoentes dessas estruturas menores foi fundamental para a implosão do sistema.
Tudo isso dito, fica claro que o acordo com Joesley Batista foi um mal necessário para atingir um interesse público maior, que é o de destruir duas das maiores e mais nefastas organizações criminosas que já existiram no Brasil, aquela existente no PT e aquela existente no PMDB.
Cumprimento quem conseguiu chegar até aqui, pois se trata de um assunto árido e algumas vezes confuso. Espero ter dado algumas ferramentas ao leitor para não ser enganado por colocações ingênuas, simplistas ou maldosas que andam por aí. Obrigado.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Áudio: "A sociedade não pode pagar por vagabundo", diz presidente da Eletrobras

Áudio: "A sociedade não pode pagar por vagabundo", diz presidente da Eletrobras

De Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras, em reunião com sindicalistas no último dia 1º (o áudio foi divulgado pelo Estadão), sobre os "chefes" da estatal:
"São 40% da Eletrobras. 40% de cara que é inútil, não serve para nada, ganhando uma gratificação, um telefone, uma vaga de garagem, uma secretária. Vocês me perdoem. A sociedade não pode pagar por vagabundo, em particular, no serviço público."
Em razão dessa fala, os sindicatos promoveram ontem uma greve de 24 horas.
ESCUTE AQUI.http://www.oantagonista.com/posts/presidente-da-eletrobras-a-sociedade-nao-pode-pagar-por-vagabundo?platform=hootsuite

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cavaleiros partem de Itabira com a missão de distribuir livros até a Zona da Mata

Neto de Niemeyer é quem lidera a tropa que partiu do Memorial Carlos Drummond de Andrade
20/06/2017 13h57
Wesley Rodrigues
WESLEY RODRIGUES/DEFATO
Liderados por neto de Niemeyer, cavaleiros partiram de Itabira e seguirão por 400 quilômetros
Em vilarejos, povoados e casebres de Minas, um livro pode ser algo difícil de ser encontrado. Há crianças que só conhecerão livros na biblioteca da própria escola, com acervo reduzido. Com boa vontade, porém, é possível mudar esse cenário e reduzir o abismo cultural que separa os lugarejos mais distantes, acredita Carlos Oscar Niemeyer, neto do renomado arquiteto brasileiro.
Carlos Oscar está à frente de uma expedição de cavaleiros que partiu na manhã desta terça-feira, 20 de junho, do Memorial Carlos Drummond de Andrade, em Itabira, espaço desenhado por Niemeyer no bairro Campestre. A missão dos cavaleiros é percorrer 400 quilômetros até o município de Rio Novo, na Zona da Mata, e deixar com cada criança encontrada pelo caminho, um quite de livros.
Cinco cavaleiros percorrerão Ipoema, Cocais, Santa Rita do Durão, Piranga, Presidente Bernardes, Dores do Turvo, Rio Pomba e outros lugares. “É uma forma de levar uma perspectiva de um futuro melhor às crianças. Conhecimento ninguém tira. Agora, alguém precisa proporcionar isso”, cita Carlos. Segundo ele, 40 mil livros serão distribuídos no trajeto em parceria com a Paulus Editora, de São Paulo.

Cavaleiros distribuíram livros antes de partirem                                                                    Foto: Wesley Rodrigues/DeFato
Quase uma década de trabalho
O neto de Niemayer é líder dos Cavaleiros da Cultura, associação de quase 20 cavaleiros fundada em 2008 e incentivada pelo avô dele, falecido há mais de quatro anos. Em nove anos, eles já percorreram cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, por onde doaram cerca de 700 mil livros.
“Esse trabalho começou no centenário do meu avô (em dezembro de 2007). Quando eu contei a ele que faríamos uma cavalgada em sua homenagem ele me disse: então leve um livro para onde você for”.
Neste ano, a expedição dos cavaleiros homenageia Carlos Drummond de Andrade. A viagem é o pontapé inicial para a Festa Literária de Minas Gerais (Fliminas 2017), que nesta edição lembra os 30 anos da morte do poeta itabirano. A festa acontece em agosto, em Rio Novo.

Neto de Niemeyer esteve em Itabira para início de cavalgada cultural                                    Foto: Wesley Rodrigues/DeFato
Solenidade
A partida dos cavaleiros reuniu centenas de crianças no Memorial Carlos Drummond de Andrade - estudantes das escolas Professor Emílio Pereira, Major Lage, Madre Maria de Jesus e Professora Didi Andrade. A solenidade teve declamação de poesias e música. Todas as crianças receberam livros dos cavaleiros.
Superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), Martha Mousinho disse que a expedição é “um marco importantíssimo à cultura itabirana”. “Vejo como um respeito muito grande dos cavaleiros à obra, à pessoa de Drummond e essa combinação maravilhosa que é Itabira ser o único lugar onde há um memorial criado por Niemeyer homenageando o nosso poeta”. 

terça-feira, 20 de junho de 2017

Gilmar Mendes, "porta-voz de interesses que buscam barrar Lava Jato"

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Gilmar Mendes disse que é preciso impor limites à Lava Jato.
A entidade que reúne quase todo o Poder Judiciário reagiu acusando-o de tentar proteger os corruptos.
Leia a nota:
"A Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (FRENTAS), congregando mais de 40 mil juízes e membros do Ministério Público, tendo em vista as declarações feitas pelo Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, com críticas a atuação de juízes e promotores no que chamou de “momentos de disfuncionalidade completa” do Poder Judiciário e do Ministério Público, vem manifestar seu repúdio a qualquer tentativa de desqualificação do importante trabalho que o Judiciário e o Ministério Público estão realizando.
O Ministro Gilmar Mendes, mais uma vez, se vale da imprensa para tecer críticas a decisões judiciais, o que faz em frontal violação ao art. 36 da Lei Orgânica da Magistratura, que proíbe a membros do Judiciário manifestarem, por qualquer meio de comunicação, juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças.
Ao chamar de abusivas investigações e prisões processuais que foram decretadas pelo Poder Judiciário, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal, a requerimento do Ministério Púbico, Gilmar Mendes abandona a toga e assume a postura de comentarista político, função absolutamente incompatível para quem integra o Supremo Tribunal Federal.
Magistrados ou membros do Ministério Público, ao exercerem suas funções constitucionais, simplesmente estão aplicando as leis aos casos que lhe são submetidos, podendo suas decisões ou denúncias serem revistas ou questionadas dentro do devido processo legal.
O que não é admitido e não pode ser tolerado é que um magistrado, qualquer que seja ele, se valha do cargo e do poder que titulariza para ser porta-voz de interesses que, em última análise, buscam, a qualquer custo, barrar os avanços das investigações e punições a todos aqueles que nas últimas décadas sangraram os cofres públicos do País.
A Operação Lava-Jato é um marco no processo civilizatório do Brasil e por isso qualquer tentativa de obstrução contra ela não será permitida pelo conjunto dos cidadãos brasileiros.

Roberto Carvalho Veloso
Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE)
Coordenador da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (FRENTAS)
Jayme Martins de Oliveira Neto
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)
Guilherme Guimarães Feliciano
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(ANAMATRA)
Norma Angélica Cavalcanti
Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP)
Elísio Teixeira Lima Neto
Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT)
Clauro Roberto de Bortolli
Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM)
Angelo Fabiano Farias da Costa
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)
José Robalinho Cavalcanti
Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR)
Fábio Francisco Esteves
Associação dos Magistrados do Distrito Federal e Territórios
(AMAGIS DF)

Cunha: "De onde vem o poder de Joesley?"

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Preso, Eduardo Cunha escreveu mais uma carta. Dessa vez para comentar a entrevista de Joesley Batista à Época.
A Folha publicou alguns trechos:
"Ele (Joesley) fala que só encontrou o ex-presidente Lula por duas vezes, em 2006 e 2013. Mentira! Ele apenas se esqueceu que promoveu um encontro que durou horas, no dia 26 de março de 2016, Sábado de Aleluia, na sua residência (...) entre eu, ele e Lula, a pedido de Lula, a fim de discutir o processo de impeachment (....) onde pude constatar a relação entre eles e os constantes encontros que eles mantinham."
"Lamento ter exposto a minha família à convivência com esse perigoso marginal, na minha casa e na dele."
"É estranho que, mesmo atacando o governo, ele ainda seja o maior beneficiário de medidas (...) tais como a MP 783 do Refis."
"Ele também é o grande beneficiário da MP 784, da leniência com o Banco Central e com a CVM, onde as suas falcatruas no mercado de capitais, as atuais e as passadas, poderão obter o perdão e ficarem impunes."
"A pergunta que não quer calar é de onde vem o poder dele, que mente, ataca o governo e ainda se beneficia dos atos do governo que o deixam mais rico e impune?"
"(Joesley) mente para obter benefícios para os seus crimes, ficando livre da cadeia, obtendo uma leniência fiada, mas desfrutando dos seus bilionários bens a vista, tais como jatos, iate, cobertura em NY, mansão em St. Barts, além de bilhões de dólares no exterior, dentre outros."
"Espero que o STF reveja esse absurdo e bilionário acordo desse delinquente."