segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Ator é algemado durante peça que criticava truculência da PM em SP

A apresentação do espetáculo “Blitz – O império que nunca dorme”, da Trupe Olho da Rua, terminou em confusão na noite do último domingo (30), em Santos, no litoral de São Paulo. De acordo com Raquel Rollo, produtora e atriz, policiais militares interromperam a apresentação, apreenderam material de produção, como um som e o cenário usado durante a peça e também algemaram um dos atores.
O tumulto começou por volta das 18h30, na Praça dos Andradas, no Centro Histórico da cidade. Um dos atores da peça, Caio Martinez Pacheco, que também é produtor e diretor, foi detido pelos policiais e obrigado a prestar depoimento e dar esclarecimentos sobre a peça. O motivo, segundo os artistas, não foi explicado.
Pacheco estava vestido com uma roupa semelhante à de um policial militar mas, em vez de calça, usava uma saia. A encenação que, inclusive tem apoio do Governo do Estado, e era apresentada para um público de cerca de 50 pessoas, fala sobre a opressão, segundo a companhia.
Segundo o grupo, a peça quer chamar atenção sobre a desmilitarização da polícia e o “exacerbado militarismo como resquício do período ditatorial”, conforme explica Raquel.
De acordo com a produtora, não houve diálogo por parte da polícia, mas sim, uma truculência.  “Ele (Caio) tentou resistir e inclusive foi agredido e algemado antes de ser colocado na viatura. Nós somos um grupo de teatro contemplado pelo Governo de São Paulo, não estamos fazendo nada de errado”, explicou Raquel.
A produtora acrescentou ainda que a peça aborda a questão da violência do Estado, e que o tema incomodou os policiais militares. “Apresentamos essa peça faz um ano e isso nunca aconteceu. Um público de cerca de 50 pessoas estava assistindo ao espetáculo e todo mundo se assustou com a truculência da polícia”, afirmou.
Em nota, o comando do Policiamento da Baixada Santista afirma que requisitou os registros documentais da ocorrência e analisará a conduta dos policiais militares. A oficial que se encontrava de serviço no comando dos PM que participaram da ocorrência será ouvida e os organizadores do evento também serão convidados a prestarem informações sobre a atuação dos policiais. Após isso, os procedimentos dos PMs serão avaliados para verificar se os direitos e garantias constitucionais foram respeitados e se a ação policial atendeu os procedimentos operacionais padrão e legalidade.
http://tribodosboachas.blogspot.com.br/2016/10/ditadura-querendo-chegar.html

Vídeo Gravado a poucos minutos pela esposa de Sérgio Moro


NULO

domingo, 30 de outubro de 2016

Abstenções de Lula e Dilma simbolizam fim do protagonismo petista, diz professor

  • 2.out.2016 - A ex-presidente Dilma Rousseff votou no primeiro turno em Porto Alegre
    2.out.2016 - A ex-presidente Dilma Rousseff votou no primeiro turno em Porto Alegre
As abstenções dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff nas eleições deste domingo (30) têm valor simbólico, ao comporem um retrato da perda de protagonismo na política brasileira de um PT que vive a pior crise de sua história, avalia o professor do Insper Carlos Melo.
"É uma constatação de que o PT passou, de que não é mais protagonista e de que seus principais personagens não têm mais o que dizer", afirma o cientista político sobre a decisão dos dois últimos presidentes da República de não comparecer às urnas no segundo turno das eleições municipais.
Lula vota em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, mas, com 71 anos de idade, seu voto é facultativo e ele preferiu não comparecer à urna, numa atitude que seria um ato de protesto contra o quadro político atual.
Dilma, por sua vez, está visitando a mãe em Belo Horizonte (MG) e não votou em Porto Alegre(RS). Nos domicílios eleitorais onde votam os ex-presidentes não há representantes petistas na disputa do segundo turno.
"É um protesto ou uma rendição? A história é que vai responder", afirma Melo. Lembrando-se da luta pela democracia tanto de Lula, durante as Diretas Já, quanto de Dilma, no período de governos militares, o cientista político diz que não votar é um direito que vale a qualquer cidadão, mas o fato de serem ex-presidentes é simbólico.
"É até irônico que eles fiquem, de certo modo, escondidos hoje em suas casas."
Após lembrar que os dois líderes petistas correriam o risco de serem hostilizados caso comparecessem a seus colégios eleitorais, Melo considerou que o PT vive um momento melancólico. Para ele, é prematuro projetar uma nova liderança à esquerda do espectro político com base apenas nos resultados das eleições a prefeituras deste ano.
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É ARROCHO: Tucanos lideram lista de nomes da Odebrecht; Propinas foram milionárias; VEJA!

Um dos principais arrecadadores do PSDB nos últimos anos, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, é um dos principais personagens citado nas delações da Odebrecht. Preto, que será apontado como elo entre a empreiteira e recursos destinados a ela para políticos do PSDB, foi diretor da Dersa em governos tucanos.
De acordo com a Folha de S. Paulo, ele decidiu formalizar um acordo de delação premiada, que já “apavora tucanos”.Paulo Preto começou a negociar com o Ministério Público para admitir sua atuação na arrecadação de propinas para o PSDB em obras importantes do governo de São Paulo nos últimos anos. O ex-diretor da Dersa foi tragado pela Lava Jato no recall dos acordos de delação da Camargo Corrêa, depois de ter sido citado por executivos da Odebrecht. O clima no PSDB paulista é de tensão total.
Paulo Preto foi delatado por ninguém menos que Luiz Nascimento, dono da Camargo, nesse recall citado pela colunista Vera Magalhães. O nome de Souza se tornou conhecido em 2010, quando Dilma Rousseff o citou em um debate com José Serra. A então candidata fazia referência a reportagens que o apontavam como um dos tesoureiros informais do partido. Na época, ele negou as acusações.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Elogiada por Lula, aluna do PR diz que falou 'o que todos queriam falar'



  • A estudante Ana Júlia, 16: "Somos doutrinados por quem, por quê? Não posso pensar diferente, simplesmente? Não acho que os que quem pensam o contrário sejam doutrinados"
    A estudante Ana Júlia, 16: "Somos doutrinados por quem, por quê? Não posso pensar diferente, simplesmente? Não acho que os que quem pensam o contrário sejam doutrinados"
O telefone da estudante secundarista Ana Júlia Ribeiro, 16 anos, não para nesta quinta-feira (27): são pedidos de entrevista, amigos querendo cumprimentá-la e até político dizendo ter se "emocionado" pela atitude da garota – no caso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aniversariante do dia.
Na véspera, a adolescente afirmou aos deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Paraná que eles tinham "as mãos sujas de sangue" pela morte do secundarista Lucas Eduardo da Mota, 16, esta semana, em escola da zona norte de Curitiba. O vídeo com o discurso rapidamente viralizou nas redes sociais, especialmente porque a declaração irritou o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), que ameaçou cortar o microfone da garota.
Ana conversou com o UOL no escritório do pai, o advogado e assistente social Júlio César Pires Ribeiro, 46, em um prédio comercial do bairro do Bigorrilho, na zona oeste de Curitiba. Ao final da entrevista, por volta de 12h30, Ribeiro pareceu surpreendido com uma ligação: "Filha, é o ex-presidente Lula querendo falar com você!"
A reportagem acompanhou a conversa por parte da estudante. Bastante surpresa, ela o agradeceu, o parabenizou pelo aniversário, que é hoje, e desligou. Em seguida, fez questão de reforçar: "O movimento dos secundaristas não é de partidos, não é de políticos, mas dos estudantes. Ontem eu estava na ocupação, fui para casa tomar um banho para ir à Assembleia, e, de lá, voltei para a ocupação", disse. Como foi a reação dos colegas ao pronunciamento? "Foi louco", lembra.
A ligação foi intermediada por um assessor. Segundo a estudante, Lula a cumprimentou pelo discurso, afirmou que "ela só disse a verdade", defendeu que "as pessoas estavam acostumadas a cursar só o ensino fundamental", e que, agora, era hora de os estudantes "lutarem contra a MP (Medida Provisória) 746, que reforma o ensino médio. Ao lado da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, a medida é o principal argumento dos alunos para manter as ocupações que duram já, em todo o Estado, 22 dias.
A que ela credita a reação viral ao discurso na Assembleia?, quis saber a reportagem. "Porque acho que falei o que todo mundo queria falar", arrisca.

ALUNA DO PR DIZ QUE DEPUTADOS "TÊM A MÃO SUJA DE SANGUE" E IRRITA POLÍTICO

"É ofensa dizer que secundaristas são doutrinados"

Com o pai advogado e assistente social e a mãe professora da rede pública municipal, Ana conta que quer se formar em direito. Gosta de literatura –o autor preferido é Machado de Assis --, mas diz não abrir mão de pensadores como o sociólogo alemão Karl Marx e os filósofos suíço Jean-Jacques Rousseau e o francês Montesquieu. Não aderiu à moda da TV por streaming, se informa pelas redes sociais –nas quais, diz, lê notícias de portais e jornais –e pelas TVs. "Você precisa saber o que estão dizendo até para avaliar, afinal", justifica.
Foi a primeira vez de Ana na casa de leis do Estado. Ela foi convidada a falar pelo gabinete do deputado estadual Tadeu Veneri, do PT, sexto colocado no primeiro turno da eleição municipal à prefeitura. O petista apresentou requerimento como resposta a outra medida do tipo, na véspera, mas assinada pelo líder do governador Beto Richa (PSDB) na Casa, Luiz Cláudio Romagnelli (PSB). Na ocasião, um grupo de estudantes contrários às ocupações discursou contra o movimento e se disse prejudicado pela interrupção de aulas.
"É entristecedor e é uma ofensa quando dizem que os secundaristas das ocupações são doutrinados por partidos, políticos ou sindicatos. Somos doutrinados por quem, por quê? Não posso pensar diferente, simplesmente? Não acho que os que pensam o contrário sejam doutrinados", definiu.
Janaina Garcia/UOL
Para o pai da estudante,o advogado e assistente social Júlio Ribeiro, 46, a filha "é uma guerreira"

"Lucas não foi o primeiro, e, infelizmente, não será o último"

Sobre Lucas, o estudante assassinado, Ana afirmou que pouco poderia falar pessoalmente sobre ele, já que não o conhecia. Segundo as autoridades de segurança pública do Estado, o adolescente foi morto por um colega de 17 anos que estaria, assim como a vítima, sob efeito de drogas. Eles teriam consumido substâncias fora do colégio estadual Safel, no bairro curitibano de Santa Felicidade, e entrado na escola, onde Lucas foi atacado com um golpe de faca.
"O Lucas não foi o primeiro, e, infelizmente, não vai ser o último. Quando eu falei em 'sangue', quis dizer do sangue da juventude de periferia que passa por isso –e o Estado é relapso nas políticas  públicas que combatam essa situação. Se os deputados fazem parte do Estado, eles também têm essa responsabilidade", diz a estudante.
Ela estava na ocupação da própria escola quando soube da morte do estudante Lucas Eduardo de Araújo Lopes.  "Ficamos muito preocupados quando soubemos e conversamos para que sempre agíssemos com a razão", conta. "Porque sabemos que a morte dele vai ser usada de argumento para que tentem desmobilizar as ocupações. Vão fazer de tudo."
Desde que as ocupações começaram, autoridades do Estado chegaram a classificar como "político" o movimento. A estudante, que foi contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT) diz que "isso não quer dizer que eu defenda um partido: defendo a democracia e a escolha pelo voto", ressalva. Afirma que o foco é, de fato, político, mas voltado para a qualidade da educação pública.
"Já tive professores de notório saber e sei o quanto isso não é legal. Também não concordo com a não obrigatoriedade de algumas disciplinas e vejo, no dia a dia, como as escolas estão com estruturas precárias para receber ensino integral", disse a garota, citando aspectos da reforma do ensino médio. 

"Minha filha é uma guerreira", diz pai

O pai da estudante acompanhou Ana ontem à Assembleia e contou que se orgulhou pela atitude da filha. "Eu sei o quanto o movimento desses meninos não tem partido nem político envolvido –somos nós, pais, que apoiamos. Lamento que a morte do Lucas possa vir a calhar como pretexto para descaracterizar as ocupações, que reivindicam melhorias na educação e mostram como as escolas estão sucateadas", avaliou.
O que ele espera daqui em diante? "Que os jovens sejam os protagonistas da luta por um país melhor e que, a partir disso, tenhamos políticas públicas que nos dê suporte para isso. Minha filha, nesse aspecto, é uma guerreira."

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Lula, o intocável

O Inocente
O ex-presidente Lula da Silva não aceita ser julgado pelas cortes do Judiciário, mas somente pelo tribunal da história. Diante da iminência de ter de esclarecer, sob juramento, por que recebeu tantos favores de amigos empreiteiros e por que, sob seu governo, nasceu e floresceu o maior esquema de corrupção da história do País, o chefão petista, na falta de uma resposta plausível a essas questões, pretende convencer o País de que seu caso é parte de um ataque generalizado às “conquistas sociais” que o período petista supostamente protagonizou. Ou seja, Lula quer ser visto não como um cidadão com direitos e deveres como todos os demais brasileiros, e sim como a encarnação dos pobres em geral, de modo que obrigá-lo a prestar contas à Justiça seria o equivalente a criminalizar os menos favorecidos.
Nem é preciso enfatizar o quanto de autoritário há nesse pensamento. Os piores ditadores da história contemporânea tinham como estratégia confundir-se com o povo, transformando todos aqueles que pretendiam fazê-los responder por seus crimes em “inimigos do povo”. Além disso, colocavam-se acima e além das instituições. Houve época em que até se faziam adorar como deuses. Mais modesto, Lula tem-se limitado a exaltar a pureza cristalina de sua alma. Ele, que nunca foi exatamente um democrata, parece ter decidido enveredar de vez por esse caminho autoritário, que ofende as instituições democráticas, como se estas estivessem a serviço de conspiradores hostis aos pobres e desvalidos.
Talvez desesperado ante a perspectiva cada vez mais real de ser preso e enfrentar o frio da carceragem de Curitiba, do qual se queixou o deputado cassado Eduardo Cunha, Lula mandou seus amigos criarem um movimento nacional para defendê-lo. Conforme reportagem do Valor, os petistas acreditam que não basta responder aos processos nos tribunais – Lula é réu em três ações penais. Para eles, é preciso defender também seu “legado”, por meio de uma campanha que inclui a criação de comitês estaduais pró-Lula.
Nem mesmo a reconstrução do PT – que depois de ter sido massacrado nas eleições municipais corre o risco de sofrer uma debandada de parlamentares e enfrenta uma feroz luta interna de chefetes que disputam seus caquinhos – tem precedência sobre o mister de salvar Lula da cadeia. Gilberto Carvalho, boneco de ventríloquo do chefão petista, mandou avisar: “Antes de nos preocuparmos com a sucessão no PT, temos de nos mobilizar em defesa do Lula”.
Nessa mobilização, Lula, como sempre faz quando se sente acuado, prometeu percorrer o País, “mas não em sua defesa pessoal, e sim na dos direitos que ajudou a conquistar e que o atual governo quer extinguir”, explicou o ex-ministro Gilberto Carvalho, que articula a campanha. “Além do processo de criminalização do Lula e do PT, há um movimento para retirar direitos da população”, disse Carvalho.

Com isso, está dada a senha para ligar a defesa de Lula à defesa dos pobres, como se aquele e estes fossem uma coisa só. A estratégia é dizer, na forma de slogans, que “justiça para Lula” é o mesmo que “justiça para todos”. Na mesma linha, segundo planejam os marqueteiros, os simpatizantes do chefão petista sairão às ruas bradando, ao mesmo tempo, “tirem as mãos dos nossos direitos” e “tirem as mãos de Lula”.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Nobel para Dylan é simbólico em época de livros para colorir e de youtubers

E o Prêmio Nobel de Literatura de 2016, principal honraria do universo das letras e reconhecido por eternizar autores de livros consagrados, foi para um… músico. Sim, um músico, ou ao se falar de Bob Dylan alguém o coloca primordialmente como escritor?
Mas não que a rotulagem seja um problema, evidentemente. Literatura é arte e arte é forma, a plataforma na qual está inserida, seja como texto em um livro, seja como canção em um disco, deveria ser uma questão menos relevante. Aliás, em época de livros para colorir e de autobiografias de youtubers de 15 anos, nada mais simbólico do que o Nobel ir para alguém que está distante do mercado editorial; ajuda a deixar claro que livro não significa literatura, ainda que a esmagadora maioria das publicações literárias esteja sim nesses calhamaços de papel – e que há, claro, diversos excelentes escritores que também mereceriam o prêmio.
Com letras profundas e impactantes, como as de “Blowin’ in the Wind” e ”Subterranean Homesick Blues”, o Nobel para Dylan me remeteu à época na qual a literatura estava muito longe de ser habitualmente cunhada em folhas, à literatura oral dos povos antigos, origem da tradição que temos hoje. Remeteu também ao trovadorismo, vertente portuguesa do século 11 na qual os poetas musicavam seus versos de “amor, amigo, escárnio e maldizer”, como aprendemos na escola.
Esse Nobel também serve para colocar uma pitada a mais de tempero na discussão sobre se alguns músicos e compositores brasileiros, como Cazuza, Renato Russo e Caetano Veloso, merecem ou não ser chamados de poetas. Muitos alegavam que não, porque suas letras eram músicas, não poemas. Pois bem, esse argumento agora enfraquece bastante.
O Prêmio Nobel para Bob Dylan comprova que a boa escrita e a poesia podem estar em qualquer lugar.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

BRASIL SÃO PAULO CNJ pune juíza que manteve garota de 15 anos presa em cela masculina no PA

http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,cnj-pune-juiza-que-manteve-garota-de-15-anos-presa-em-cela-masculina-no-pa,10000081700

REJOLI FAZ PANFLETAGEM INTELIGENTE.


Investindo em cultura, incentivando e oferecendo meios para despertar um interesse maior da comunidade pela leitura e pela música, a REJOLI, que nasceu revistaria e hoje comercializa livros, instrumentos musicais, jogos educativos, vasta literatura infantil e ampliando seus objetivos com ênfase em Instrumentos Musicais e Livraria, iniciou nesta semana a PANFLETAGEM INTELIGENTE. A cada panfleto que for devolvido em sua Loja no endereço constante do mesmo, o cidadão receberá 05 (cinco) cupons numerados para concorrer ao sorteio de uma Bateria Musical da marca RMV. Não descarte o seu panfleto no lixo ou em vias públicas leve-o até a REJOLI e troque por cupons numerados. O Sorteio será realizado em 1º de outubro de 2016. Dia Mundial da Música. E, ainda, a cada R$ 5,00 (cinco reais) em compras você receberá um cupom numerado e concorrerá ao premio acima ofertado por REJOLI.
Informamos que devido ao grande número de cupons não distribuídos o sorteio foi adiado para 23 de dezembro de 2016. Visite-nos e adquira mais cupons e aumente sua chance de ganhar o prêmio ofertado por REJOLI.

Cassação de aposentadoria de servidor é constitucional


http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/cassacao-de-aposentadoria-de-servidor-e-constitucional-diz-janot/

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Catador de recicláveis eleito vereador quer levar cão para Câmara de Assis, no interior de SP


SOROCABA - Terceiro vereador mais votado no domingo, 2, em Assis, no sudoeste paulista, com 1.275 votos, o catador de recicláveis Nilson Antonio da Silva, o Nilson Pavão (PMDB), já enfrenta um dilema. Ele quer comparecer ao trabalho, na Câmara local, levando seu companheiro inseparável, o cachorro 'Pretinho'. O que o novo vereador espera é que a direção do Legislativo permita que o cão ao menos acompanhe as sessões. "Ele é minha única família aqui e muitas pessoas votaram em mim porque gostam dele", disse.
Na cidade de 102 mil habitantes onde trabalha nas ruas há 20 anos, catando papelão, latinhas de cerveja, PET e outros materiais recicláveis, o agora vereador é mais conhecido como o 'Nilson do cachorro'. "É difícil, se não impossível, encontrar o Nilson sem o 'Pretinho'. Onde vai, ele leva o cachorro, ou o cachorro leva ele", brinca o taxista José Honório.
Nilson tem 62 anos, ensino fundamental incompleto e trabalha na Cooperativa de Materiais Recicláveis de Assis e Região (Coocassis), o que garante renda de um salário mínimo mensal. Ele disse que ficou surpreso com o resultado. "Esperava ter uns 700 votos, mas não ficar entre os mais votados. Acho que tenho mais amigos do que imaginava. O povo gosta de mim", disse.
Quando ocupar uma das 15 cadeiras do Legislativo, o catador passará a receber R$ 4,2 mil por mês, mas ele vai doar metade do salário em cestas básicas para famílias carentes, como prometeu na campanha. Outra promessa é criar um espaço para animais abandonados, o que lhe valeu muita ajuda pelas redes sociais. "Sou muito apegado aos animais e o vice-prefeito é veterinário, então acho que vai dar certo. Vamos pedir que a prefeitura ceda uma área que não está sendo usada e fazer um local com bastante estrutura para que não haja abandono."
Ele quer também trabalhar por melhorias na saúde das pessoas. "Conheço bem a realidade do SUS (Sistema Único de Saúde), pois já peguei muita fila. Algumas unidades precisam ficar abertas dia e noite." Nilson já foi caminhoneiro e, depois de se afastar da família em outro Estado - um assunto que evita - passou um período vivendo nas ruas. Ele conta que dormia em postos de gasolina, borracharias ou passava a noite em abrigos. Agora, tem uma pequena casa no bairro Santa Clara.
O vereador eleito não tem telefone fixo, nem celular. Ele teve a ideia de se candidatar depois que um amigo de infância se tornou vereador e prefeito. "Não sabia por qual partido, mas achei um papelzinho do PMDB na rua e procurei o partido para fazer a filiação." Nilson acredita que não foi eleito pelo voto de protesto. "Votaram em mim porque trato bem as pessoas e não tenho medo de lutar pelas coisas."

O presidente da Cooperativa de Materiais Recicláveis de Assis e Região (Coocassis), André Lemes, disse que os cooperados votaram em peso no colega. "Ele é trabalhador, pode ajudar a cidade." Sua eleição repercutiu nas redes sociais. "Muitos julgam pelas roupas, mas o que importa é o caráter", postou a auxiliar de enfermagem Maria Barbosa. "Muita gente tem faculdade e dinheiro, mas não tem um pingo de respeito com os próximos. Os projetos (dele) são ótimos", escreveu Valdemir Candido. "Ele já conseguiu nos surpreender por desbancar uns letrados que estavam só mamando nas tetas do município", postou Marcos Leal, também morador da cidade.