O ex-presidente do Supremo
Tribunal Federal Joaquim Barbosa voltou a criticar o processo de impeachment
que afastou a presidente Dilma Rousseff. Ele chamou os partidos políticos de
“facções” e afirmou, sem citar diretamente o PMDB de Michel Temer, que o grupo
que tomou o poder o fez para se proteger e continuar roubando.
As declarações foram feitas na
última terça-feira (9) a empresários durante a abertura de um evento sobre
sustentabilidade em São Paulo, conforme registrou o Jornal da Gazeta. Em sua
fala, ele também fez críticas à relação entre empresas e governo que se
instalou há décadas no Brasil e ao sistema político atual.
“Nosso país está paralisado há
mais de um ano em função de uma guerra entre facções políticas. Sabemos por
alto que se trata de ambição, de ganância, de apego ao poder, tentativa de se
perpetuar no poder para se proteger, mas também para continuar saqueando os
recursos da nação”, declarou Barbosa. Em maio, após a primeira votação do
Senado pré-impeachment, ele já havia denunciando um “conchavo” no Congresso e
defendido enfaticamente novas eleições no País, também em uma palestra. “Aquilo
ali era uma pura encenação pra justificar a tomada do poder”, comentou Barbosa
na ocasião, sobre a votação dos senadores.
“Colocar no lugar do presidente
alguém que ou perdeu a eleição presidencial para o presidente que está saindo
ou alguém que sequer um dia teria o sonho de poder disputar uma eleição para
presidente da República. O Brasil, anotem, vai ter que conviver por mais de
dois anos com essa anomalia”, disse, em referência ao PSDB e ao PMDB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário