
Uma catarinense filha de uma escrava liberta começa aos poucos a ser "redescoberta" nacionalmente como ícone do movimento de mulheres negras. Antonieta de Barros foi a primeira parlamentar negra brasileira, eleita em 1934.
Educadora, jornalista e política, Antonieta junta em sua trajetória, na primeira metade do século 20, três bandeiras caras ao Brasil do século 21: educação para todos, valorização da cultura negra e emancipação feminina.
A história de Antonieta inspira movimentos negros e de mulheres em Santa Catarina, onde nasceu, mas aos poucos chega a outros cantos do país.
O documentário Antonieta, da cineasta paulista Flávia Person, lançado no fim de 2015 em Florianópolis, tem previstas várias exibições em março, quando se comemora o mês da mulher. E leva o nome de Antonieta de Barros o prêmio nacional para jovens comunicadores negros criado pela Secretaria da Igualdade Racial do governo federal.
Sua mãe, escrava liberta,
trabalhou como doméstica na casa do político Vidal Ramos, pai de Nereu Ramos,
que viria a ser vice-presidente do Senado e chegou a assumir por dois meses a
Presidência da República.

Antonieta (3ª pessoa sentada, da
esq. para a dir.) com os colegas deputados na posse, em 1935. Nascida em 11 de
julho de 1901, Antonieta foi a primeira mulher a integrar a Assembleia
Legislativa de Santa Catarina e é reconhecida como a primeira negra brasileira
a assumir um mandato popular.
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