“A vida não se resume em festivais”, discursava Geraldo Vandré na apoteose carioca do Maracanãzinho que esmurrava a Ditadura, seguindo sua canção dos que morriam pela pátria e viviam sem razão. Naqueles dias, tudo era perigoso e no deboche atrevido de Gil, de Caetano, de Gal Costa e dos Mutantes, tudo era também “divino maravilhoso, mas muita atenção para o sangue sobre o chão”.
Nesta edição do Memória Popular Brasileira, Vanderlei Cunha recupera entrevistas feitas nos bastidores do IV Festival da Música Brasileira da TV Record, em 1968, de um tempo bipolar, onde os afinadíssimos violões da MPB mediam forças com as guitarras elétricas distorcidas da Tropicália. Um confronto renascido por meio das palavras dos próprios combatentes.
Geraldo Vandré fala da repercussão do FIC. Rogério Duprat, do papel da música moderna. A lucidez de Arnaldo Dias Baptista. A irreverência de Riga Lee. Divino Maravilhoso nas palavras de seu criador, Gilberto Gil. E Tom Zé, antes da vitória de São São Paulo meu amor.
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